FORÇA INDÍGENA
Manifestações tomam conta das ruas de Belém na COP30
INDÍGENA
Na manhã deste sábado (15), Belém foi palco de uma das maiores mobilizações populares já registradas durante a COP30. Mais de 20 mil pessoas — entre indígenas, quilombolas, ativistas ambientais, profissionais da saúde, pesquisadores, estudantes e apoiadores — tomaram as ruas da capital paraense pedindo a revogação do decreto N° 12.600/2025, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e cobrando medidas urgentes como a demarcação de terras indígenas e avanços nas políticas de crédito de carbono.
A marcha, descrita por participantes como histórica, ganhou ainda mais força com a adesão de representantes de diversos países presentes no evento global do clima. De acordo com manifestantes ouvidos pela nossa equipe, o ato foi marcado pela união entre povos originários, movimentos sociais e observadores internacionais, todos em defesa da vida e da proteção ambiental.

Fotos José Rui Galvão/Mídia Indígena Oficial
Nossa equipe conversou com indígenas do Mato Grosso que participam diretamente da marcha. Segundo eles, o movimento está “gigantesco e global”, com a presença de “indígenas, não indígenas e estrangeiros caminhando lado a lado”.
Entre as lideranças presentes, a Darlene Yamalo Taukane, da etnia Bakairi, do município de Paranatinga, relatou emocionada a importância de viver esse momento. No instante da entrevista, ela chegava ao ponto de concentração final da marcha.
“Eu estou muito feliz por estar aqui e viver esse momento onde todos os povos estão podendo reivindicar a todos os povos da Terra água limpa, oceano limpo, mais floresta em pé. Tudo isso está sendo o motivo da manifestação, pela qualidade de vida do planeta”, afirmou Taukane.
Ela destacou ainda o aprendizado proporcionado pela marcha.
“Eu aprendi muito hoje. Eu pude chegar e ficar na frente, tive a oportunidade de ouvir toda a caminhada até chegar ao carro dos povos indígenas. Aprendi muito hoje nessa marcha”, disse.

Fotos José Rui Galvão/Mídia Indígena Oficial
Diversas lideranças indígenas do Mato Grosso também acompanham o ato presencial e à distância, fortalecendo a mobilização por meio das redes sociais. A expectativa é que a marcha influencie debates e decisões dentro da COP30, reforçando a urgência de políticas que protejam povos tradicionais e garantam a preservação ambiental.
A manifestação segue repercutindo nacional e internacionalmente, consolidando-se como um dos momentos mais marcantes do evento climático em Belém.
Acesse o Decreto N° 12.600/2025 AQUI
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Governo de MT leva assistência emergencial no Parque Nacional do Xingu, após incêndio destruir moradias
O Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc), realizou nesta sexta-feira (3.10) uma ação emergencial na aldeia Tanguro, no município de Querência, Território Indígena do Xingu, etnia Kalapalo.
A iniciativa levou apoio às famílias atingidas por incêndio registrado nesta semana. O fogo começou após uma criança brincar com um isqueiro, o que rapidamente provocou a queima de duas ocas e duas motocicletas, além de todos os pertences que estavam dentro. A idosa Kanualu Kalapalo sofreu queimaduras no braço, mas está sendo cuidada pela comunidade e passa por recuperação.
Para minimizar os prejuízos materiais, o Governo do Estado entregou 27 cestas básicas, 39 kits de limpeza, 20 redes de dormir, 10 caixas d’água, dois rolos de lona grossa e dezenas de sacos de roupas doadas.

Ação levou apoio às famílias atingidas por incêndio registrado nesta semana, na aldeia Tanguro, em Querência – Foto por: Junior Silgueiro
A primeira-dama de Mato Grosso e madrinha dos povos indígenas, Virginia Mendes, destacou a sensibilidade do Governo em atender prontamente às demandas sociais, especialmente em territórios tradicionais.
“Desde o primeiro momento, pedi que nossa equipe se mobilizasse para levar ajuda às famílias da aldeia Tanguro. Nosso papel é cuidar das pessoas, especialmente nos momentos mais difíceis, e garantir que os povos indígenas de Mato Grosso sejam sempre acolhidos com respeito e solidariedade”, afirmou Virginia.

Foto Junior Silgueiro
Durante a ação, Kemeya Kalapalo, filho da idosa, destacou a importância do apoio recebido.
“Foi muito bom que vocês trouxeram as cestas básicas, caixas d’água e roupas para ajudar. Meu sobrinho estava brincando com isqueiro, tocou no palha da oca e pegou fogo, queimando todos os objetos, redes e pertences. Eram duas famílias, cerca de 16 pessoas morando na casa. Minha mãe também se queimou no braço, mas já está melhorando com remédio tradicional. Agradeço ao Governo do Estado pela ajuda e apoio que recebemos”, disse Kemeya.

Foto Junior Silgueiro
O secretário de Estado de Assistência Social e Cidadania, Klebson Gomes, ressaltou que a Setasc tem atuado de forma rápida para apoiar comunidades em situações emergenciais.
“Nosso compromisso é estar presente quando a população mais precisa. Essa entrega é uma forma de amenizar os danos materiais causados pelo incêndio e garantir que as famílias tenham suporte para recomeçar com dignidade”, afirmou o secretário.
A ação emergencial da Setasc, em parceria com a Defesa Civil de Mato Grosso, demonstra o compromisso do Governo de Mato Grosso em garantir apoio imediato às comunidades tradicionais em momentos de dificuldade, reafirmando o respeito e a parceria com os povos indígenas do Xingu.
Fonte SETASC
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