COMBATE ÀS FACÇÕES
Operação Tríade mira núcleo de facção criminosa em Mato Grosso
POLÍCIA
A força-tarefa permanente constituída pela Polícia Civil, Ministério Público do Estado de Mato Grosso, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo, Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado), deflagrou, na manhã desta quarta-feira (19.11), a Operação “Tríade”, para cumprir 28 ordens judiciais expedidas pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Cáceres.
As investigações começaram a partir do compartilhamento de informações realizado pela Delegacia de Polícia Civil de Cáceres com o Gaeco, após autorização judicial.
Durante as apurações, foram identificadas provas robustas da atuação de uma facção criminosa em Mato Grosso. Foram identificados mais de 20 suspeitos com ligação direta com a facção investigada.
O objetivo da operação é desarticular uma facção criminosa voltada para a prática de diversos crimes, dentre eles tráfico de drogas e homicídios decorrentes de disputas territoriais entre facções, onde as ações criminosas têm se alicerçado em várias cidades de Mato Grosso.
Estão sendo cumpridos 20 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão em quatro cidades de Mato Grosso, Cáceres, Barra do Bugres, Várzea Grande e Sorriso, e uma do Mato Grosso do Sul, Chapadão do Sul.
Para o cumprimento das medidas, a operação conta com apoio de equipes do Gaeco de Mato Grosso, da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes de Fronteira (Defron) e do 6º Comando Regional da Polícia Militar.
“A operação é resultado da integração entre as instituições e uma resposta importante diante dos crimes violentos que vêm ocorrendo em Cáceres”, afirmou a delegada Bruna Laet.
O nome da operação, “Tríade”, faz alusão à sigla utilizada pela facção da qual os investigados fazem parte, composta por três letras.
(Com informações do Gaeco)
POLÍCIA
Operação integrada bloqueia R$ 35 milhões por sonegação fiscal
Em mais um avanço no enfrentamento aos crimes contra a ordem tributária, uma operação integrada conduzida pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira) resultou na expedição de seis cautelares patrimoniais por parte do Poder Judiciário, que determinaram o bloqueio e sequestro de bens no valor total de R$ 35.037.694,59, contra investigados por crimes contra a ordem tributária.
As medidas judiciais foram expedidas no âmbito da Operação De Volta ao Caixa.
A operação é resultado da atuação integrada da Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz), da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), da Secretaria de Fazenda (Sefaz) e do Ministério Público Estadual (MPMT), instituições que compõem o comitê e atuam de forma coordenada na recuperação de ativos desviados.
A estratégia do Cira é assegurar que o patrimônio de investigados por crimes tributários seja preservado, impedindo sua dissipação e garantindo condições futuras de ressarcimento ao erário.
Para o delegado Walter de Melo Fonseca Júnior, titular da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários, a operação representa um marco na eficiência da resposta estatal aos crimes tributários.
“As medidas demonstram que o Estado de Mato Grosso está atento, coordenado e tecnicamente preparado para impedir que a prática da sonegação fique livre de consequências patrimoniais. A atuação integrada do Cira garante que o dinheiro que pertence à sociedade volte ao seu destino, fortalecendo as políticas públicas e interrompendo ciclos de sonegação estruturada”, destacou.
O promotor de Justiça Washington Eduardo Borrére, que atua na Promotoria de Justiça de Crimes contra a Ordem Tributária, reforçou que operações dessa natureza evidenciam a força do trabalho interinstitucional no enfrentamento ao crime organizado tributário.
“A atuação conjunta das instituições que compõem o Cira potencializa a inteligência investigativa, amplia a eficácia das medidas cautelares e assegura que o Estado recupere o que é devido. Essa integração é decisiva tanto para interromper esquemas estruturados de sonegação quanto para garantir a efetiva recuperação dos ativos desviados”.
A Operação consolida uma política de fortalecimento da recuperação patrimonial no curso das investigações. O objetivo é garantir que valores devidos ao Estado não sejam ocultados, transferidos ou dilapidados antes da conclusão dos processos criminais e fiscais.
O bloqueio judicial superior a R$ 35 milhões nessas seis decisões reforça as ações articuladas pelo Comitê, e novas ações seguem em execução.


