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Uberaba sedia a 90ª ExpoZebu e espera R$ 200 milhões em negócios

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Uberaba (480 km da capital, Belo Horizonte), realiza deste sábado até o próximo dia 4 de maio, a 90ª edição da ExpoZebu, considerada a maior feira da pecuária zebuína do mundo. O evento acontece no Parque Fernando Costa e promete movimentar a cidade e o setor agropecuário com julgamentos, leilões, lançamentos de tecnologias e grandes oportunidades de negócio.

Organizada pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), a feira deve reunir cerca de 400 mil visitantes, entre produtores rurais, técnicos, empresários e compradores de vários estados e também do exterior. Mais de 600 visitantes internacionais já confirmaram presença, reforçando a força da genética zebuína brasileira lá fora.

Neste ano especial, em que a ExpoZebu completa nove décadas, a expectativa da ABCZ é ultrapassar R$ 200 milhões em negócios, superando o volume do ano passado, que foi de R$ 192 milhões. A programação contará com 39 leilões oficiais, além de exposições, julgamentos de animais e concursos tradicionais.

Segundo Gabriel Garcia Cid, presidente da ABCZ, a feira é uma celebração do trabalho dos criadores de zebu e da potência da pecuária brasileira. “São 90 anos de dedicação para mostrar ao mundo a qualidade do nosso rebanho, da carne e do leite que produzimos. O zebu é peça-chave nesse sucesso”, afirma.

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Para acomodar os mais de 2.500 animais inscritos nos julgamentos — um crescimento de 15% em relação ao ano anterior — foram instalados pavilhões provisórios no parque. A estrutura foi ampliada pensando no bem-estar dos animais e também no conforto dos expositores e visitantes, segundo Rodrigo Abdanur, gerente comercial de exposições da ABCZ.

A programação também inclui o tradicional Concurso Leiteiro, que neste ano bateu recorde de participação, com mais de 80 matrizes inscritas. Além disso, a feira vai sediar fóruns, seminários técnicos e espaços de negócios voltados para a inovação no campo.

Autoridades de peso confirmaram presença na abertura, como o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o governador do Paraná, Ratinho Júnior, além da senadora Tereza Cristina, do senador Cleitinho Azevedo, do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion, e da prefeita de Uberaba, Elisa Araújo.

Para os produtores rurais, a ExpoZebu é uma grande vitrine de oportunidades. Além de ser um espaço para negócios, é também um momento de atualização, troca de experiências e valorização do trabalho no campo.

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Veja programação aqui

Fonte: Pensar Agro

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Alta no preço global de alimentos acende alerta e cria oportunidades para o agro brasileiro

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O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) subiu em abril e atingiu a média de 128,3 pontos, uma alta de 1% em relação a março. A elevação foi puxada principalmente pelos preços dos cereais, carnes e lácteos, o que acende um sinal de atenção — e também de oportunidade — para o agronegócio brasileiro, especialmente para os produtores de soja, milho, arroz, carnes e leite.

Mesmo com a alta, o índice segue 19,9% abaixo do pico histórico registrado em março de 2022, mas ficou 7,6% acima do nível de abril do ano passado. O movimento indica uma retomada gradual da demanda global por alimentos, em um cenário de estoques apertados, conflitos geopolíticos e variações cambiais. Para o Brasil, que é um dos maiores exportadores mundiais de grãos e carnes, esse movimento pode significar mais competitividade e maior rentabilidade para o setor.

O subíndice de preços dos cereais avançou 1,2% em abril. O trigo subiu com a menor oferta da Rússia e o câmbio mais favorável para exportadores. Já o milho foi impulsionado pela redução de estoques nos Estados Unidos e pela suspensão temporária de tarifas por parte daquele país. O arroz também subiu 0,8% no mês.

Esse cenário pode beneficiar diretamente os produtores brasileiros, que vêm enfrentando custos altos de produção, mas agora podem encontrar margens melhores nas exportações, principalmente se o dólar continuar em patamar elevado. Goiás, Mato Grosso e Paraná, grandes produtores de milho e soja, podem se aproveitar do momento para ampliar vendas externas, principalmente para a Ásia.

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O preço médio dos óleos vegetais caiu 2,3% em abril, puxado pela queda do óleo de palma. Mas o óleo de soja, importante para o Brasil, continuou subindo, sustentado pela demanda aquecida no mercado internacional. Isso mantém a soja brasileira em posição estratégica, principalmente considerando a boa produção esperada em estados como Mato Grosso, Goiás e Paraná.

O subíndice de preços da carne subiu 3,2% em abril. A carne suína liderou o avanço, com a Europa ampliando compras após liberação sanitária da Alemanha. A bovina também ganhou fôlego com demanda estável e oferta global apertada. No Brasil, destaque para a carne de frango, cujos preços subiram por causa da forte demanda interna e menor ritmo de abates durante os feriados de Páscoa.

Para os pecuaristas e integrados da avicultura, os números são positivos: mostram uma retomada no mercado global, com espaço para ampliação das exportações brasileiras, especialmente para mercados como China, União Europeia e países árabes.

Os preços dos lácteos subiram 2,4% em abril e estão quase 23% acima do patamar de um ano atrás. A manteiga alcançou seu maior valor histórico, puxada pela alta demanda por gordura láctea e estoques reduzidos na Europa. Queijos e leite em pó também subiram, com destaque para o mercado da Oceania.

Esse movimento pode representar boas oportunidades para os produtores de leite brasileiros, desde que consigam superar os desafios internos de custo de produção e logística. A alta internacional pode ajudar a pressionar os preços pagos ao produtor no mercado interno.

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Na contramão dos outros alimentos, o açúcar caiu 3,5% em abril e está quase 11% abaixo do valor de um ano atrás. A razão é, em parte, o próprio Brasil: a produção acima do esperado na segunda quinzena de março e a desvalorização do real ajudaram a derrubar os preços internacionais.

Ainda assim, o setor sucroalcooleiro segue competitivo e os bons níveis de produção nas regiões Centro-Sul e Nordeste devem manter o Brasil como o maior exportador global. A menor cotação do petróleo também contribui para a queda do açúcar, já que reduz o incentivo para destinar mais cana para o etanol.

O que o produtor precisa saber:

  • O cenário internacional sinaliza uma recuperação da demanda por alimentos, com reflexos diretos nos preços.

  • Soja, milho, carnes e lácteos estão em alta e oferecem boas oportunidades de exportação.

  • A volatilidade do câmbio, os estoques globais e a política comercial de países importadores ainda podem trazer incertezas.

  • A queda no açúcar mostra que o Brasil tem peso no mercado global — tanto para subir quanto para derrubar preços.

A mensagem para o produtor rural é clara: o mundo está voltando a comprar mais alimentos, e o Brasil — especialmente seu agro — está no centro desse movimento. Quem estiver bem preparado, com planejamento, gestão eficiente e acesso a mercados, poderá aproveitar o bom momento para crescer.

Fonte: Pensar Agro

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