POLÍTICA MT
Lúdio realiza audiência para debater economia sustentável para os povos indígenas no ATL-MT
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A Assembleia Legislativa realizará, nesta segunda-feira (28), a partir das 14h, uma audiência pública com o tema “Economia Sustentável para os Povos Indígenas de Mato Grosso”. A audiência foi requerida pelo deputado estadual Lúdio Cabral (PT) e faz parte da programação do III Acampamento Terra Livre (ATL-MT), que será realizado entre os dias 28 e 30 de abril na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Indígenas que trabalham com turismo ecológico, arte, artesanato, biojoias, moda, música, agricultura sustentável, entre outros, devem relatar suas experiências, as dificuldades enfrentadas e debater caminhos para fortalecer as atividades econômicas. Além dos debates, a audiência terá ainda apresentações culturais e feira para venda de produtos artesanais produzidos pelos indígenas.
“O Acampamento Terra Livre ajuda a fortalecer a mobilização dos povos indígenas, e a audiência pública é um espaço para debater a economia das comunidades indígenas. É importante fomentar as cadeias produtivas indígenas, que são fundamentais para o desenvolvimento socioeconômico e a preservação da cultura das comunidades indígenas. As atividades realizadas por eles valorizam o conhecimento tradicional e respeitam a natureza, promovendo a preservação ambiental e fortalecendo a autonomia econômica, cultural e alimentar das comunidades”, disse Lúdio.
O ATL-MT 2025 é realizado pela Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt), com emendas impositivas de Lúdio. Com foco na COP30, que será no Brasil, em Belém (Pará), o tema do ATL neste ano é “COP30: O protagonismo dos povos indígenas de Mato Grosso nas políticas internacionais climáticas”.
A Fepoimt realiza o ATL-MT desde 2022, no mês de abril, quando é celebrado o Abril Indígena. O evento se tornou a maior mobilização indígena regional, reunindo representantes das 43 etnias do estado em Cuiabá, em 3 dias de luta em defesa dos territórios indígenas e dos biomas Cerrado, Pantanal e Amazônia. No ATL, os povos indígenas dialogam sobre os principais desafios e direitos na esfera estadual, junto ao Poder Legislativo, Executivo e Judiciário, e também junto aos parceiros e apoiadores do movimento indígena.
Serviço:
Audiência Pública – Economia Sustentável para os Povos Indígenas de Mato Grosso
Data: 28/4 (segunda-feira)
Horário: 14h
Local: UFMT – bosque próximo à entrada da Av. Fernando Correa
Fonte: ALMT – MT
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Wilson Santos alerta descaso com polos desativados da Empaer e cobra diálogo com estado
Na segunda reunião da Comissão Especial da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), ocorrida na última quarta-feira (30), o relator e deputado estadual Wilson Santos (PSD) demonstrou preocupação com o abandono de polos do interior de Mato Grosso, como os de Cáceres e Várzea Grande. Mesmo com a vigência da Lei Complementar n° 683/2021, de sua autoria, que impediu a extinção da entidade e reconheceu seu caráter de interesse social e econômico, o parlamentar avalia que a realidade não corresponde aos objetivos da legislação.
“É algo surreal, parece que estamos tendo um pesadelo. Isso é inacreditável. Estamos diante de centros de pesquisa e conhecimento abandonados. Não dá para acreditar! A Empaer vem sendo desmontada e destruída. Isso foi planejado, governo após governo, sufocando a entidade para justificar o seu fechamento. Em janeiro de 2019, houve um projeto de extinção da Empaer. Foi claramente uma tentativa de encerramento. Com muita paciência dos colegas deputados, conseguimos aprovar o projeto que proibiu a extinção da Empaer. Uma salva de palmas para todos os deputados estaduais, a Assembleia Legislativa exerceu seu poder”, declarou o deputado.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa de Mato Grosso (Sinterp), Gilmar Antônio Brunetto, conhecido como Gauchinho, denunciou o estado de abandono da unidade da Empaer em Cáceres, que possui uma excelente estrutura física, com salas, banheiros e auditórios.
“O abandono é um desrespeito com a agricultura familiar da região. Quem nega a ciência, contrata a morte. Tínhamos cultivos importantes, como banana e mandioca. Queremos reativar esse centro de pesquisa, mesmo que a área tenha sido repassada à Unemat (Universidade do Estado de Mato Grosso). É uma área pública que atende à região. Poderia estar repleta de mudas. Isso entristece profundamente os colegas que atuavam ali desde a sua inauguração, em julho de 1998, no governo Dante de Oliveira”, lamentou o sindicalista.
Wilson relatou ainda que visitou a Empaer de Várzea Grande com Gauchinho, onde encontraram aparelhos de alto valor, como balanças de precisão, que foram devolvidos, emprestados ou doados à Embrapa. “Como relator, vou registrar essas constatações em um relatório contundente. Lamento, no entanto, que o outro lado não tenha se manifestado. Perderam a oportunidade de apresentar um contraponto e buscar um consenso. É lamentável essa ausência”, afirmou, referindo-se à ausência de representantes do governo estadual na reunião.
Gauchinho agradeceu pela lei, fruto de projeto de autoria do deputado Wilson Santos que impediu a extinção da Empaer, estendendo os agradecimentos a todos os parlamentares que mantiveram a instituição ativa. “Temos uma imensa gratidão à Casa de Leis. Continuamos confiantes na reativação da Empaer em Cáceres, com apoio das lideranças políticas da Assembleia Legislativa e da região e de todos os envolvidos com a agricultura familiar”, declarou.
A Comissão Especial acompanha o processo de mudanças, desativações e leilões de áreas e estabelecimentos da Empaer, sendo presidida pelo deputado estadual Júlio Campos (UB). Diante da importância da participação do Poder Executivo estadual, ficou definida uma reunião, para este mês de maio, com nova convocação do presidente da Empaer, Sueme Fernandes, do vice-governador Otaviano Pivetta e de Andreia Carolina Domingues Fujioka, da Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (Seaf).
Fonte: ALMT – MT


