AGRONEGÓCIO
Vem aí o 16º Circuito Aprosoja-MT
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Vem aí o 16º Circuito Aprosoja-MT
Este ano o evento contará com a presença do renomado comentarista político, Caio Copolla
07/04/2022
Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), lançou na tarde desta quinta-feira (07.04), a 16ª edição do Circuito Aprosoja. O evento, é um dos maiores e principais a cadeia produtiva da soja no país e contará com a presença do renomado comentarista político, Caio Copolla, levando um debate com informações estratégicas e de qualidade para produtores e profissionais do agro. A primeira região a receber o Circuito será a Norte, no próximo dia 25.04.
Durante o encontro, os projetos, programas e ações da Aprosoja-MT também ficam à disposição dos associados que necessitam conhecer mais detalhadamente. Também é possível fazer associação e atualização cadastral junto à entidade.
Após a Norte, o evento segue para as regiões Leste, Oeste e Sul. O Circuito Aprosoja terá seu encerramento na capital no dia 06 de junho de 2022.
Confira a nossa programação completa, e não perca esse grande evento!
CALENDÁRIO CIRCUITO APROSOJA 2022 | |||
Data | Cidade | Horário | |
REGIÃO NORTE | |||
25/abr | SEG | Cláudia | 8h30 |
25/abr | SEG | Sinop | 18h30 |
26/abr | TER | Vera | 8h30 |
26/abr | TER | Sorriso | 18h30 |
27/abr | QUA | Ipiranga do Norte | 8h30 |
27/abr | QUA | Tapurah | 18h30 |
28/abr | QUI | Porto dos Gaúchos | 8h30 |
28/abr | QUI | Lucas do Rio Verde | 18h30 |
29/abr | SEX | Nova Mutum | 18h30 |
REGIÃO LESTE | |||
02/mai | SEG | Paranatinga | 8h30 |
02/mai | SEG | Gaúcha do Norte | 18h30 |
03/mai | TER | Canarana | 18h30 |
04/mai | QUA | Querência | 18h30 |
05/mai | QUI | Porto Alegre do Norte | 8h30 |
05/mai | QUI | Água Boa | 18h30 |
06/mai | SEX | Nova Xavantina | 18h30 |
REGIÃO OESTE | |||
16/mai | SEG | Comodoro | 18h30 |
17/mai | TER | Sapezal | 18h30 |
18/mai | QUA | Campo Novo do Parecis | 18h30 |
19/mai | QUI | Nova Maringá | 8h30 |
19/mai | QUI | Diamantino | 18h30 |
20/mai | SEX | Tangará da Serra | 18h30 |
REGIÃO SUL | |||
23/mai | SEG | Alto Taquari | 18h30 |
24/mai | TER | Alto Garças | 8h30 |
24/mai | TER | Rondonópolis | 18h30 |
25/mai | QUA | Jaciara | 18h30 |
26/mai | QUI | Primavera do Leste | 18h30 |
27/mai | SEX | Campo Verde | 18h30 |
ENCERRAMENTO | |||
06/jun | SEG | Cuiabá | 19h |


AGRONEGÓCIO
Alta no preço global de alimentos acende alerta e cria oportunidades para o agro brasileiro

O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) subiu em abril e atingiu a média de 128,3 pontos, uma alta de 1% em relação a março. A elevação foi puxada principalmente pelos preços dos cereais, carnes e lácteos, o que acende um sinal de atenção — e também de oportunidade — para o agronegócio brasileiro, especialmente para os produtores de soja, milho, arroz, carnes e leite.
Mesmo com a alta, o índice segue 19,9% abaixo do pico histórico registrado em março de 2022, mas ficou 7,6% acima do nível de abril do ano passado. O movimento indica uma retomada gradual da demanda global por alimentos, em um cenário de estoques apertados, conflitos geopolíticos e variações cambiais. Para o Brasil, que é um dos maiores exportadores mundiais de grãos e carnes, esse movimento pode significar mais competitividade e maior rentabilidade para o setor.
O subíndice de preços dos cereais avançou 1,2% em abril. O trigo subiu com a menor oferta da Rússia e o câmbio mais favorável para exportadores. Já o milho foi impulsionado pela redução de estoques nos Estados Unidos e pela suspensão temporária de tarifas por parte daquele país. O arroz também subiu 0,8% no mês.
Esse cenário pode beneficiar diretamente os produtores brasileiros, que vêm enfrentando custos altos de produção, mas agora podem encontrar margens melhores nas exportações, principalmente se o dólar continuar em patamar elevado. Goiás, Mato Grosso e Paraná, grandes produtores de milho e soja, podem se aproveitar do momento para ampliar vendas externas, principalmente para a Ásia.
O preço médio dos óleos vegetais caiu 2,3% em abril, puxado pela queda do óleo de palma. Mas o óleo de soja, importante para o Brasil, continuou subindo, sustentado pela demanda aquecida no mercado internacional. Isso mantém a soja brasileira em posição estratégica, principalmente considerando a boa produção esperada em estados como Mato Grosso, Goiás e Paraná.
O subíndice de preços da carne subiu 3,2% em abril. A carne suína liderou o avanço, com a Europa ampliando compras após liberação sanitária da Alemanha. A bovina também ganhou fôlego com demanda estável e oferta global apertada. No Brasil, destaque para a carne de frango, cujos preços subiram por causa da forte demanda interna e menor ritmo de abates durante os feriados de Páscoa.
Para os pecuaristas e integrados da avicultura, os números são positivos: mostram uma retomada no mercado global, com espaço para ampliação das exportações brasileiras, especialmente para mercados como China, União Europeia e países árabes.
Os preços dos lácteos subiram 2,4% em abril e estão quase 23% acima do patamar de um ano atrás. A manteiga alcançou seu maior valor histórico, puxada pela alta demanda por gordura láctea e estoques reduzidos na Europa. Queijos e leite em pó também subiram, com destaque para o mercado da Oceania.
Esse movimento pode representar boas oportunidades para os produtores de leite brasileiros, desde que consigam superar os desafios internos de custo de produção e logística. A alta internacional pode ajudar a pressionar os preços pagos ao produtor no mercado interno.
Na contramão dos outros alimentos, o açúcar caiu 3,5% em abril e está quase 11% abaixo do valor de um ano atrás. A razão é, em parte, o próprio Brasil: a produção acima do esperado na segunda quinzena de março e a desvalorização do real ajudaram a derrubar os preços internacionais.
Ainda assim, o setor sucroalcooleiro segue competitivo e os bons níveis de produção nas regiões Centro-Sul e Nordeste devem manter o Brasil como o maior exportador global. A menor cotação do petróleo também contribui para a queda do açúcar, já que reduz o incentivo para destinar mais cana para o etanol.
O que o produtor precisa saber:
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O cenário internacional sinaliza uma recuperação da demanda por alimentos, com reflexos diretos nos preços.
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Soja, milho, carnes e lácteos estão em alta e oferecem boas oportunidades de exportação.
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A volatilidade do câmbio, os estoques globais e a política comercial de países importadores ainda podem trazer incertezas.
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A queda no açúcar mostra que o Brasil tem peso no mercado global — tanto para subir quanto para derrubar preços.
A mensagem para o produtor rural é clara: o mundo está voltando a comprar mais alimentos, e o Brasil — especialmente seu agro — está no centro desse movimento. Quem estiver bem preparado, com planejamento, gestão eficiente e acesso a mercados, poderá aproveitar o bom momento para crescer.
Fonte: Pensar Agro