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Recorde: Mato Grosso tem o maior rebanho do Brasil: 34,4 milhões de cabeças de gado

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O estado de Mato Grosso possui o maior rebanho bovino do Páis com 34.473.643 animais, correspondendo a aproximadamente 15% do total nacional, de acordo com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse volume de animais foi obtido por meio de um levantamento de estoque de rebanho realizado entre 1º de maio e 15 de junho deste ano pelo Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT).

Esses números foram divulgados durante a 35ª reunião da equipe gestora do estado, que integra o Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA).

A pesquisa também revelou que, segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) divulgada pelo IBGE em 2022, o Brasil possuía um rebanho bovino superior a 224,602 animais no ano de 2021.

O coordenador de sanidade animal do Indea-MT, João Marcelo Néspoli, enfatizou a importância dos dados coletados durante os 45 dias de campanha para orientar as ações de sanidade animal a serem implementadas nos próximos meses. Ele destacou que essas informações são cruciais não apenas para o Indea-MT, mas também para outras entidades envolvidas na defesa sanitária.

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Entre os municípios de Mato Grosso, Cáceres foi identificado como tendo o maior rebanho bovino, com 1.341.455 cabeças de gado. Vila Bela da Santíssima Trindade segue em segundo lugar com 1.135.894 animais, seguido por Juara com 1.000.624, Juína com 884.700, Colniza com 851.194, Alta Floresta com 787.588 e Pontes e Lacerda com 698.565 bovinos.

O Indea-MT também apontou que o estado possui um total de 113.556 estabelecimentos rurais, com uma concentração significativa nas regiões de Juína, Matupá, Cuiabá, Rondonópolis, Cáceres, Araguaia, Pontes e Lacerda, e Alta Floresta.

Fonte: Pensar Agro

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Alta no preço global de alimentos acende alerta e cria oportunidades para o agro brasileiro

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O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) subiu em abril e atingiu a média de 128,3 pontos, uma alta de 1% em relação a março. A elevação foi puxada principalmente pelos preços dos cereais, carnes e lácteos, o que acende um sinal de atenção — e também de oportunidade — para o agronegócio brasileiro, especialmente para os produtores de soja, milho, arroz, carnes e leite.

Mesmo com a alta, o índice segue 19,9% abaixo do pico histórico registrado em março de 2022, mas ficou 7,6% acima do nível de abril do ano passado. O movimento indica uma retomada gradual da demanda global por alimentos, em um cenário de estoques apertados, conflitos geopolíticos e variações cambiais. Para o Brasil, que é um dos maiores exportadores mundiais de grãos e carnes, esse movimento pode significar mais competitividade e maior rentabilidade para o setor.

O subíndice de preços dos cereais avançou 1,2% em abril. O trigo subiu com a menor oferta da Rússia e o câmbio mais favorável para exportadores. Já o milho foi impulsionado pela redução de estoques nos Estados Unidos e pela suspensão temporária de tarifas por parte daquele país. O arroz também subiu 0,8% no mês.

Esse cenário pode beneficiar diretamente os produtores brasileiros, que vêm enfrentando custos altos de produção, mas agora podem encontrar margens melhores nas exportações, principalmente se o dólar continuar em patamar elevado. Goiás, Mato Grosso e Paraná, grandes produtores de milho e soja, podem se aproveitar do momento para ampliar vendas externas, principalmente para a Ásia.

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O preço médio dos óleos vegetais caiu 2,3% em abril, puxado pela queda do óleo de palma. Mas o óleo de soja, importante para o Brasil, continuou subindo, sustentado pela demanda aquecida no mercado internacional. Isso mantém a soja brasileira em posição estratégica, principalmente considerando a boa produção esperada em estados como Mato Grosso, Goiás e Paraná.

O subíndice de preços da carne subiu 3,2% em abril. A carne suína liderou o avanço, com a Europa ampliando compras após liberação sanitária da Alemanha. A bovina também ganhou fôlego com demanda estável e oferta global apertada. No Brasil, destaque para a carne de frango, cujos preços subiram por causa da forte demanda interna e menor ritmo de abates durante os feriados de Páscoa.

Para os pecuaristas e integrados da avicultura, os números são positivos: mostram uma retomada no mercado global, com espaço para ampliação das exportações brasileiras, especialmente para mercados como China, União Europeia e países árabes.

Os preços dos lácteos subiram 2,4% em abril e estão quase 23% acima do patamar de um ano atrás. A manteiga alcançou seu maior valor histórico, puxada pela alta demanda por gordura láctea e estoques reduzidos na Europa. Queijos e leite em pó também subiram, com destaque para o mercado da Oceania.

Esse movimento pode representar boas oportunidades para os produtores de leite brasileiros, desde que consigam superar os desafios internos de custo de produção e logística. A alta internacional pode ajudar a pressionar os preços pagos ao produtor no mercado interno.

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Na contramão dos outros alimentos, o açúcar caiu 3,5% em abril e está quase 11% abaixo do valor de um ano atrás. A razão é, em parte, o próprio Brasil: a produção acima do esperado na segunda quinzena de março e a desvalorização do real ajudaram a derrubar os preços internacionais.

Ainda assim, o setor sucroalcooleiro segue competitivo e os bons níveis de produção nas regiões Centro-Sul e Nordeste devem manter o Brasil como o maior exportador global. A menor cotação do petróleo também contribui para a queda do açúcar, já que reduz o incentivo para destinar mais cana para o etanol.

O que o produtor precisa saber:

  • O cenário internacional sinaliza uma recuperação da demanda por alimentos, com reflexos diretos nos preços.

  • Soja, milho, carnes e lácteos estão em alta e oferecem boas oportunidades de exportação.

  • A volatilidade do câmbio, os estoques globais e a política comercial de países importadores ainda podem trazer incertezas.

  • A queda no açúcar mostra que o Brasil tem peso no mercado global — tanto para subir quanto para derrubar preços.

A mensagem para o produtor rural é clara: o mundo está voltando a comprar mais alimentos, e o Brasil — especialmente seu agro — está no centro desse movimento. Quem estiver bem preparado, com planejamento, gestão eficiente e acesso a mercados, poderá aproveitar o bom momento para crescer.

Fonte: Pensar Agro

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