AGRONEGÓCIO
Presidente do IA destaca o sucesso do setor, neste Dia Mundial da Agricultura
AGRONEGÓCIO
Neste Dia Mundial da Agricultura, 20 de março, o Brasil celebra o sucesso de um setor que se destaca como a principal força motriz da economia nacional, e o Instituto do Agronegócio (IA) se une à comunidade global para celebrar o trabalho árduo e a dedicação dos produtores rurais que alimentam o Brasil e o mundo.
Isan Rezende (foto), presidente do IA, lembra que 2023 foi um ano memorável para o agronegócio, alçado à posição de grande protagonista do crescimento do PIB, que atingiu 2,9%, superando as expectativas do mercado.
O setor agropecuário expandiu-se em 15,1%, alcançando um total de R$ 677,6 bilhões dentro do PIB de R$ 10,39 trilhões. Esse desempenho impulsionou o país a se consolidar como uma potência agrícola mundial, liderando as exportações de dez commodities agrícolas, incluindo milho, farelo de soja, açúcar, café, suco de laranja, carne bovina, carne de frango, tabaco e celulose.
As exportações do agronegócio brasileiro bateram recorde, alcançando US$ 167 bilhões, um aumento de 5% em relação ao ano anterior. Esse sucesso se deve não apenas ao aumento das vendas internacionais, mas também à queda de 24% nas importações, que reduziram para US$ 39,5 bilhões.
“O setor foi o principal motor da economia nacional, com um crescimento impressionante de 15,1%, impulsionando o PIB a alcançar 2,9%. Esse crescimento não apenas solidifica o papel do agronegócio como pilar da economia brasileira, mas também destaca a importância das culturas de soja e milho, que têm sido fundamentais para o sucesso do país no cenário de exportações globais. Atualmente, o Brasil lidera as exportações mundiais de dez commodities agrícolas, um feito que reflete a competitividade e a qualidade do agronegócio nacional.
Rezende lembrou o papel fundamental do agronegócio na balança comercial do país. As exportações bateram recorde, alcançando US$ 167 bilhões, enquanto as importações caíram para US$ 39,5 bilhões. “Isso demonstra a força e a competitividade do nosso setor no cenário internacional”, celebra o presidente do IA.
“O crescimento do agronegócio não se deve apenas à abundância de terras férteis. O investimento em ciência e tecnologia tem sido fundamental para aumentar a produtividade e a competitividade do setor”, afirma Isan Rezende, completando: “Atualmente, 67% das propriedades rurais do país utilizam algum tipo de tecnologia em suas operações.”
Neste dia especial, o presidente do Instituto do Agronegócio, faz uma homenagem aos produtores rurais. “São homens e mulheres que trabalham com paixão e dedicação para garantir o alimento na mesa de todos nós”, reconhece. “Sua força, resiliência e compromisso com a sustentabilidade são a base do sucesso do agronegócio brasileiro.”
“Mas não podemos nos sentar para comemorar. As dificuldades de 2024 se sobrepõem aos louros das conquistas. O agronegócio enfrenta desafios, como a necessidade de aumentar a produtividade de forma sustentável, reduzir a emissão de gases de efeito estufa e melhorar a infraestrutura logística, a crise econômica advinda principalmente das intempéries climáticas, as oscilações do mercado e tantos outros”.
“Mas apesar de tudo, nós não paramos jamais, acreditando que as perspectivas para o futuro são promissoras”, afirma Rezende. “A demanda global por alimentos continuará crescendo nos próximos anos, e o Brasil está bem posicionado para se beneficiar dessa tendência”.
“O setor agropecuário emprega milhões de brasileiros e desempenha um papel essencial na alimentação da população, destacando a necessidade de valorizar e investir continuamente nessa área. Celebrar a agricultura neste dia 20 de março e ao longo do ano é reconhecer a importância desse setor para o desenvolvimento sustentável e a prosperidade do país, reiterando o compromisso do Brasil com o avanço e a inovação no agronegócio”, completou Rezende.
Fonte: Pensar Agro
AGRONEGÓCIO
Alta no preço global de alimentos acende alerta e cria oportunidades para o agro brasileiro
O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) subiu em abril e atingiu a média de 128,3 pontos, uma alta de 1% em relação a março. A elevação foi puxada principalmente pelos preços dos cereais, carnes e lácteos, o que acende um sinal de atenção — e também de oportunidade — para o agronegócio brasileiro, especialmente para os produtores de soja, milho, arroz, carnes e leite.
Mesmo com a alta, o índice segue 19,9% abaixo do pico histórico registrado em março de 2022, mas ficou 7,6% acima do nível de abril do ano passado. O movimento indica uma retomada gradual da demanda global por alimentos, em um cenário de estoques apertados, conflitos geopolíticos e variações cambiais. Para o Brasil, que é um dos maiores exportadores mundiais de grãos e carnes, esse movimento pode significar mais competitividade e maior rentabilidade para o setor.
O subíndice de preços dos cereais avançou 1,2% em abril. O trigo subiu com a menor oferta da Rússia e o câmbio mais favorável para exportadores. Já o milho foi impulsionado pela redução de estoques nos Estados Unidos e pela suspensão temporária de tarifas por parte daquele país. O arroz também subiu 0,8% no mês.
Esse cenário pode beneficiar diretamente os produtores brasileiros, que vêm enfrentando custos altos de produção, mas agora podem encontrar margens melhores nas exportações, principalmente se o dólar continuar em patamar elevado. Goiás, Mato Grosso e Paraná, grandes produtores de milho e soja, podem se aproveitar do momento para ampliar vendas externas, principalmente para a Ásia.
O preço médio dos óleos vegetais caiu 2,3% em abril, puxado pela queda do óleo de palma. Mas o óleo de soja, importante para o Brasil, continuou subindo, sustentado pela demanda aquecida no mercado internacional. Isso mantém a soja brasileira em posição estratégica, principalmente considerando a boa produção esperada em estados como Mato Grosso, Goiás e Paraná.
O subíndice de preços da carne subiu 3,2% em abril. A carne suína liderou o avanço, com a Europa ampliando compras após liberação sanitária da Alemanha. A bovina também ganhou fôlego com demanda estável e oferta global apertada. No Brasil, destaque para a carne de frango, cujos preços subiram por causa da forte demanda interna e menor ritmo de abates durante os feriados de Páscoa.
Para os pecuaristas e integrados da avicultura, os números são positivos: mostram uma retomada no mercado global, com espaço para ampliação das exportações brasileiras, especialmente para mercados como China, União Europeia e países árabes.
Os preços dos lácteos subiram 2,4% em abril e estão quase 23% acima do patamar de um ano atrás. A manteiga alcançou seu maior valor histórico, puxada pela alta demanda por gordura láctea e estoques reduzidos na Europa. Queijos e leite em pó também subiram, com destaque para o mercado da Oceania.
Esse movimento pode representar boas oportunidades para os produtores de leite brasileiros, desde que consigam superar os desafios internos de custo de produção e logística. A alta internacional pode ajudar a pressionar os preços pagos ao produtor no mercado interno.
Na contramão dos outros alimentos, o açúcar caiu 3,5% em abril e está quase 11% abaixo do valor de um ano atrás. A razão é, em parte, o próprio Brasil: a produção acima do esperado na segunda quinzena de março e a desvalorização do real ajudaram a derrubar os preços internacionais.
Ainda assim, o setor sucroalcooleiro segue competitivo e os bons níveis de produção nas regiões Centro-Sul e Nordeste devem manter o Brasil como o maior exportador global. A menor cotação do petróleo também contribui para a queda do açúcar, já que reduz o incentivo para destinar mais cana para o etanol.
O que o produtor precisa saber:
-
O cenário internacional sinaliza uma recuperação da demanda por alimentos, com reflexos diretos nos preços.
-
Soja, milho, carnes e lácteos estão em alta e oferecem boas oportunidades de exportação.
-
A volatilidade do câmbio, os estoques globais e a política comercial de países importadores ainda podem trazer incertezas.
-
A queda no açúcar mostra que o Brasil tem peso no mercado global — tanto para subir quanto para derrubar preços.
A mensagem para o produtor rural é clara: o mundo está voltando a comprar mais alimentos, e o Brasil — especialmente seu agro — está no centro desse movimento. Quem estiver bem preparado, com planejamento, gestão eficiente e acesso a mercados, poderá aproveitar o bom momento para crescer.
Fonte: Pensar Agro


